costuraBio abriu as portas da oportunidade para oito costureiras, da comunidade da Varginha, remanescentes da Cooperativa de Trabalhadores Autônomos de Manguinhos (Cootram). Elas passaram a integrar o projeto Costurando em Manguinhos, do Projeto Somar em parceria com a Coordenação da Cooperação Social da Fiocruz. 

A ideia, que começou em 2008, rendeu frutos: já foram capacitadas 58 aprendizes e, de julho de 2014 a dezembro de 2015, o grupo entregou 237,5 mil pares de sapatilhas de TNT descartáveis utilizadas nos laboratórios da unidade.

Para o diretor Artur Couto, a parceria terá vida longa (e muito mais sapatilhas). “A qualidade do material é muito superior à que estávamos acostumados. Diversos colaboradores elogiaram o produto. Se conseguirem atender à nossa necessidade, não teremos porquê comprar de outro fornecedor", afirma.

Com larga experiência em gestão, ele aproveitou para deixar uma dica. “Vocês devem pensar grande, em fornecer para outros laboratórios também. Há mercado para isso. Reflitam sobre aumentar a capacidade, mantendo a qualidade e o preço competitivo”, aconselhou. O material foi avaliado e aprovado pelo Departamento de Controle de Qualidade (Dequa) de Bio.

 

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Costureiras com membros do Somar e da diretoria: parceria é um sucesso.

 

Com a finalidade de fortalecer um espaço em Manguinhos de geração de trabalho e renda para mulheres, o projeto-piloto incentivou e capacitou o grupo, contribuindo com a autoestima, empreendedorismo e espírito de equipe.

Gisele da Silva, coordenadora do Somar, enfatizou as conquistas das costureiras. “Colaboradores de Bio com experiência nesse tipo de material ensinaram a elas como fazer as sapatilhas. Hoje, a produção mensal aumentou consideravelmente. As sapatilhas são feitas manualmente e não por máquinas, o que torna o trabalho ainda mais primoroso”, contou.

Maria de Lourdes Maia, coordenadora da Assessoria Clínica e colaboradora ativa nas causas sociais de Bio, falou quais foram os maiores ganhos do grupo. “Além da autoestima, vocês tiveram uma mudança cultural, de responsabilidade com horários, metas e prazos e o conhecimento do que é liderança, na hora de passar o conhecimento para as aprendizes. O reconhecimento pelo sucesso do projeto é de vocês, nós só demos um empurrão oferecendo as ferramentas necessárias para que alcançassem o objetivo”.

 

Texto e imagem: Gabriella Ponte

 

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