Desde 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o dia 4 de março como o Dia Mundial da Obesidade. A data tem como finalidade disseminar conhecimentos, conscientizar a população sobre riscos associados e combater o estigma social que cerca a doença. Anteriormente celebrada no dia 11 de outubro, a data foi alterada para coincidir com a Semana de Cuidados com a Obesidade, que acontece do dia 1 ao dia 7 de março.
Segundo a OMS, obesidade é o alto percentual de gordura corporal, fator que em grandes quantidades pode ser porta de entrada para diversos problemas de saúde, como a diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. Ainda segundo a instituição, a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública do mundo.
De acordo com dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são obesas e esse número continua aumentando. Estima-se que, até 2025, aproximadamente 167 milhões de pessoas ficarão menos saudáveis por estarem acima do peso ou obesas. No Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2020, cerca de 25% da população sofre com a obesidade e doenças associadas.
A obesidade afeta a maioria dos sistemas do corpo. Atinge coração, fígado, rins, articulações e sistema reprodutivo, o que pode levar a uma série de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer, bem como problemas de saúde mental. Pessoas com obesidade também têm três vezes mais chances de serem hospitalizadas devido à Covid-19.
O tratamento da obesidade é feito com reeducação alimentar e atividade física, podendo ter o auxílio de remédios quando necessário. Em um cenário mais amplo, há o incentivo da OMS para que os governos busquem criar um ambiente alimentar melhor para que todos possam ter acesso a uma alimentação saudável. Algumas medidas eficazes incluem restringir o marketing de alimentos e bebidas ricos em gorduras, açúcar e sal; taxar bebidas açucaradas; e melhorar o acesso a alimentos saudáveis.
Muito acima da estigmatização das pessoas obesas, é necessário exercitar o olhar para a compreensão de que a obesidade é uma doença e merece receber a devida atenção e cuidados como tal. Governos, sociedade e indivíduos devem trabalhar para buscar alternativas para reverter uma crise de saúde previsível e evitável.
Jornalista: Thais Christ
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