Desde fevereiro de 2020, o Brasil enfrenta a pandemia da COVID-19, e desde então há diminuição dos registros de casos prováveis e óbitos de dengue. Segundo o Boletim epidemiológico 18 - volume 52, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, a diminuição “pode ser consequência do receio da população em procurar atendimento em uma unidade de saúde, bem como uma possível subnotificação ou atraso nas notificações das arboviroses, associadas a mobilização das equipes de vigilância e assistência para o enfrentamento da pandemia”.
Ainda de acordo com o Boletim, as informações sobre dengue e chikungunya são referentes às notificações ocorridas entre 3/1/2021 e 08/5/2021; e os de zika de 14/2/2021 a 05/5/2021.
Foram notificados 279.743 casos prováveis de dengue, redução de 62,1% de casos registrados na comparação com o mesmo período de 2020. Segundo o Ministério da Saúde, “o país, até o momento, não enfrenta uma epidemia de dengue, pois os casos estão dentro do esperado para o período”.
Foram notificados 25.807 casos prováveis de febre chikungunya, redução de 22,6% em relação ao ano passado. Em relação aos dados de infecção pelo vírus Zika, foram notificados 1.442 casos prováveis, redução de 50,5% em relação a 2020.
Casos graves e óbitos
Até o período avaliado, foram confirmados 72 óbitos por dengue, sendo 64 por critério laboratorial e 8 por clínico-epidemiológico. Permaneciam em investigação 33 óbitos. Para febre chikungunya foram confirmados quatro óbitos por critério laboratorial, dois deles no Estado de São Paulo, um em Minas Gerais e um no Espírito Santo. Outro óbito permanecia em investigação. Não havia confirmação de óbito por Zika.
Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Rodrigo Méxas e Raquel Portugal, Fiocruz Imagens.