A pandemia da COVID-19 interrompeu a escolarização de caerca de 1,6 bilhão de crianças em todo o mundo em 2020. Para ajudar a medir a resposta global ao fato, a Unicef, a Universidade Johns Hopkins e o Banco Mundial lançaram conjuntamente o "Rastreador de Recuperação da Educação Global COVID-19". A ferramenta auxilia os países na tomada de decisões, acompanhando os esforços de planejamento de reabertura das escolas e recuperação dos conteúdos educacionais em mais de 200 países e territórios. O Rastreador "captura e mostra informações em quatro áreas principais". São elas o "estado de escolaridade", as "modalidades de aprendizagem (se remota, presencial ou híbrida)", "disponibilidade de suporte educacional corretivo" e "status de disponibilidade de vacinas para os profissionais de eduação".
Os dados mais recentes disponíveis, até o início de março, mostram que 51 países voltaram totalmente à educação presencial e em mais de 90 países os alunos estão sendo instruídos em várias modalidades, com algumas escolas abertas, outras fechadas e muitos oferecendo opções de aprendizagem híbrida.
"O mundo já enfrentava uma crise de aprendizagem antes da COVID-19", afirmou o diretor global de Educação do Banco Mundial, Jaime Saavedra. "A taxa de pobreza de aprendizagem - a proporção de crianças de 10 anos incapazes de ler um texto curto apropriado para a idade - era de 53% em países de baixa e média renda antes da pandemia, bem acima dos 9% registrados em países de alta renda. Um ano de pandemia, interrupções contínuas na escolaridade, mudanças nas modalidades de aprendizagem e preocupações com a saúde dos alunos -ser são cada vez maiores, e esta crise de aprendizagem está piorando. O fechamento de escolas relacionado à pandemia provavelmente aumentará a pobreza de aprendizagem para até 63%", concluiu.
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Jornalista: Paulo Schueler. Imagem: Freepik.